Da próxima vez que você for jantar peixe, considere que sua refeição provavelmente te mais valor financeiro como dispositivo de captura e armazenagem de carbono.
O primeiro deles, uma nova avaliação apoiada pela Comissão Oceânica Global, estima de maneira aproximada que peixes e outras formas de vida aquática em alto mar absorvem dióxido de carbono suficiente para poupar entre US$74 e US$222 bilhões em danos climáticos anuais.
Cientistas responsáveis pelos dois relatórios alertaram que atividades de pesca e mineração põem em risco a capacidade oceânica de fornecer um recurso massivo e totalmente natural para armazenar carbono.
“Peixes são muitoimportantes para o ciclo global de carbono, mas eles são muito negligenciados”, declara Clive Trueman, da University of Southampton, principal autor do estudo sobre peixes das profundezas.
O primeiro estudo, conduzido pela University of Southampton no Reino Unido e no Instituto Marinho da Irlanda, traz pistas sobre como – e em que profundidade – peixes das profundezas contribuem para a capacidade oceânica de sequestro de carbono.
O fitoplâncton, constituído de minúsculos organismos que compõem a base da cadeia alimentar do ecosistema oceânico, absorve bilhões de toneladas de dióxido de carbono todos os anos. Mas Trueman explica que, como o fitoplâncton vive perto da superfície oceânica, grande parte dos gases de efeito estufa retorna para a atmosfera se eles não forem consumidos por outros organismos marinhos.
Todas as noites,populações imensas de peixes vão até a superfície para se alimentar de fitoplâncton, retornando para as profundezas mais frias do oceano durante o dia.
Mas essas espécies não se aventuram fundo o bastante para manter o carbono nas profundezas oceânicas por longos períodos. É aí que entram espécies de peixes assustadores e difíceis de estudar que vivem milhares de metros abaixo do nível do mar.
Ao analisar amostras musculares de peixes das profundezas coletadas na encosta continental Reino Unido-Irlanda, Trueman e seus coautores descobriram evidências de que eles nadam até a superfície e consomem as espécies devoradoras de fitoplâncton que estão em migração com mais frequência do que se pensava.
“Esses peixes predadores estão basicamente capturando animais em migração e armazenando esse carbono ao matá-los e mantê-los nas profundezas”, explica Trueman.
“É só após o carbono fixado pelo fitoplâncton chegar a 100 ou 200 metros de profundidade que ele fica retido e impedido de retornar à atmosfera”.
SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL
0 Comentários
O TRAZENDO A MASSA NÃO SE RESPONSABILIZA POR OPINIÕES EMITIDAS POR TERCEIROS NESTE ESPAÇO, MAS INFORMA QUE COMENTÁRIOS OFENSIVOS QUE EXPONHA PESSOAS,ENTIDADES OU EMPRESAS SERÃO EXCLUÍDOS.
#OS COMENTÁRIOS NÃO REFLETEM A OPINIÃO DESTE BLOG,OS MESMOS DEVERÃO SER IDENTIFICADOS PARA SEREM ACEITOS, SEJA QUAL FOR O SEU TEOR.