Um dia após o Ministério da Defesa anunciar a construção de uma nova entrada para Quilombo Rio dos Macacos, a relatora especial da Organização das Nações Unidas para o Direito a Moradia Adequada, Raquel Rolnik visitou a comunidade e considerou “subumanas” as condições de vida no local. A arquiteta e urbanista esteve nesta sexta-feira na área quilombola, dentro Vila Naval da Marinha do Brasil, no Subúrbio Ferroviário. De acordo com informações do Jornal A Tarde, Rolnik tentou negociar a entrada da imprensa. Cerca de 30 militantes também ficaram na entrada da vila, sendo filmados por marinheiros e não conseguiram entrar até o fim da visita. A Marinha informou que a entrada de jornalistas e militantes não foi permitida por não ter sido agendada. A relatora da ONU entrou sozinha e passou cerca de 40 minutos conversando com os habitantes do lugar. “Constatamos haver muitas violações dos direitos dos moradores”, disse, em entrevista ao A Tarde, que citou a falta de moradia adequada, creches, escolas, postos de saúde e saneamento. Segundo Rolnik, que se reuniu com o vice-almirante Antônio Monteiro Dias, a Marinha estaria disposta a solucionar a disputa judicial com os quilombolas. Ela discorda da demarcação de 300 hectares de terra para a comunidade. “Não corresponde ao território original. Já houve um levantamento. Não sei porque ainda não foi publicado”, argumentou. Na quinta-feira, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur) prometeu investir R$ 530 mil para a reforma das moradias, que ameaçam desabar.
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